O consumo de energia elétrica no país cresceu
1,7% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. E nos 12 meses até
janeiro, o aumento acumulado foi de 4,6%, de acordo com dados divulgados hoje
(23) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A classe de consumo industrial
registrou crescimento de 1,2% no primeiro mês deste ano.
O resultado já considera o ajuste na estatística
básica do mercado brasileiro de eletricidade, elaborada pela EPE, informou a
assessoria de imprensa da estatal. Retirado o ajuste da base de comparação, a
evolução do consumo no país teria sido de 4% em janeiro e na indústria, de
6,5%.
O comércio, segundo o relatório da EPE, foi a
classe que apresentou maior aumento do consumo em janeiro (3,6%), mantendo a
liderança do mercado brasileiro. Por regiões, a Sul registrou o melhor
resultado (6,3%) nessa classe de consumidores.
Na indústria, apenas a região Sudeste (-1,4%)
não apresentou alta em janeiro, como reflexo do comportamento conservador da
produção, de acordo com análise da EPE. Na região Sul foi registrado o avanço
mais significativo do consumo nessa classe, alcançando 8,3%.
Já a classe residencial cresceu somente 0,6% em
janeiro, contra uma expansão de 5,4% em 2005, sobre o ano anterior. A assessoria
da EPE advertiu que esse efeito é estatístico e se baseia na comparação com o
consumo ocorrido em janeiro do ano passado, quando as temperaturas médias em
todo o país foram mais elevadas e isso resultou em maior consumo de
eletricidade, em especial nas regiões Norte e Nordeste.
Serviço:
Acenda essa ideia: economize energia!
Passado o horário de verão e restando apenas uma
vaga lembrança da crise do apagão, os consumidores parecem ter se esquecido dos
cuidados que tomavam - e que trouxeram economia - com o consumo de energia
elétrica, o que resultou em aumentos significativos em 2004 e 2005.
Segundo a Folha Online, o país registrou na
noite do dia 8/03, às 19h20, um recorde histórico de consumo de energia. De
acordo com o Ministério de Minas e Energia, o Sistema Interligado Nacional
demandou naquele momento 61.155 MW (demanda instantânea), uma alta de 0,39% em
relação ao último pico de consumo, registrado no dia 7 de abril de 2005 (60.918
MW).
Com ou sem racionamento, o Idec recomenda que
todos continuem a economizar energia elétrica. Essa postura é respaldada por
especialistas do setor, que continuam a alertar para o perigo de uma nova
crise, pois se mantido o atual ritmo de crescimento da economia poderão ocorrer
problemas de suprimento a partir de 2008.
Três fatores ainda ameaçam o fornecimento de
energia: a escassez de água, o crescente aumento da demanda e a aplicação
tardia de investimentos no setor. Portanto, a melhor recomendação é economizar.
Economizar garante dinheiro no bolso e energia
para todos no futuro. O primeiro passo para dizer não ao desperdício é escolher
aparelhos elétricos que consomem menos energia. Para tanto, o consumidor deve
prestar atenção aos rótulos dos produtos. Há dois tipos de identificação que
podem ajudar: a etiqueta do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Inmetro) e o selo Procel, criado em 1994 com objetivo de
incentivar a fabricação de equipamentos mais competitivos. O selo Procel está
presente em ar-condicionados, congeladores e refrigeradores, assim também como
em lâmpadas de 127 e 220 Volts. Saiba mais sobre o selo na Revista do Idec.
No seu dia-a-dia, o consumidor responsável ainda
pode adotar uma série de medidas simples, mas que no final do mês podem se
converter numa boa economia de energia.
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